ESG: importância da área de compliance na governança corporativa

ESG: importância da área de compliance na governança corporativa

A sigla ESG, que fica cada vez mais importante, é usada para medir as práticas ambientais, sociais e de governança corporativa. Confira!


Nos últimos tempos, duas estratégias empresariais que antes pareciam distantes, agora caminham mais juntas do que nunca: bons resultados financeiros e compromisso com a construção de um mundo mais sustentável. É justamente nesse cenário que o termo ESG (environmental, social e governance, em inglês) tem ganhado grande visibilidade, já que a preocupação com as questões ambientais, sociais e de governança corporativa passaram a ser consideradas essenciais nas análises de riscos e nas decisões de investimentos.


Ou seja, se antes a questão financeira estava sempre como prioridade máxima, deixando de lado alguns compromissos importantes da companhia com a sociedade, agora o cenário é outro. Cuidar do meio ambiente, ter responsabilidade social e adotar as melhores práticas de governança se tornaram fatores muito importantes para o balanço das empresas.


E essa mudança também pode ser encontrada em números. Segundo um relatório divulgado pela PwC, até 2025 pelo menos 57% dos ativos de fundos mútuos na Europa estarão em fundos que consideram os chamados critérios ESG, o que representa US$8,9 trilhões. Além disso, 77% dos investidores institucionais pesquisados pela PwC disseram que planejam parar de comprar produtos não ESG nos próximos dois anos.

O que é ESG?

No literal, ESG é a sigla em inglês para environmental, social and governance (ambiental, social e governança, em português). Ela geralmente é utilizada para medir as práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa.

Portanto, atenção: vale relembrar que sustentabilidade vai muito além das questões ambientais. Não basta ser apenas uma “empresa verde”, é preciso dar atenção aos outros indicadores do ESG.



O entendimento e a aplicabilidade de critérios ESG pelas empresas brasileiras é uma realidade cada vez maior. Atuar de acordo com os padrões da sigla amplia a competitividade do setor empresarial, seja no mercado interno ou no exterior, e dá a indicação de solidez, custos mais baixos, melhor reputação e maior resiliência em meio às incertezas e vulnerabilidades.

Os 3 pilares da sustentabilidade

Como você viu, a sigla ESG representa a união de três fatores que mostram o quanto a empresa está comprometida com uma operação mais sustentável. Abaixo, confira o que significa cada sigla:

Environmental (ambiental)

A letra E representa as práticas da empresa em relação à conservação do meio ambiente. Para isso, são avaliados alguns temas importantes, como:



  • Aquecimento global e emissão de carbono;
  • Poluição do ar e da água;
  • Biodiversidade;
  • Desmatamento;
  • Eficiência energética;
  • Gestão de resíduos e escassez de água.

Social (social)

A letra S se refere à relação da empresa com as pessoas que fazem parte do seu universo. Alguns exemplos práticos:



  • Satisfação do cliente;
  • Proteção de dados e privacidade;
  • Diversidade da equipe;
  • Engajamento de colaboradores;
  • Relacionamento com a comunidade;
  • Respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas.

Governance (governança)

Por fim, a letra G diz respeito à administração da organização. Aqui, os seguintes itens são avaliados:



  • Composição do conselho;
  • Estrutura do comitê de auditoria;
  • Conduta corporativa;
  • Remuneração dos executivos;
  • Relação com entidades do governo e políticos;
  • Existência de um canal de denúncias.

Governança: por que o compliance é fundamental para este indicador?

No mundo empresarial atual, a governança corporativa é um requisito obrigatório para as empresas que desejam sobreviver e aproveitar as melhores oportunidades de negócio. E a justificativa é bem simples: quem vai querer investir dinheiro ou qualquer outro ativo em uma companhia que enfrenta escândalos de corrupção, não tem um funcionamento transparente e apresenta falhas em seus processos?


Resumindo: com boas práticas de governança corporativa é possível transmitir segurança e credibilidade para atrair novos investidores e fidelizar clientes. Então, além das questões ambientais, é importante saber que sustentabilidade representa algo bem mais amplo.


E no caso de compliance não é diferente. Tudo começa com os níveis de transparência e maturidade da gestão, que ficam mais elevados. A partir daí, a organização consegue fortalecer a sua imagem externamente e atrair melhores chances de parcerias e investimentos.



Já no ambiente interno, as diretrizes de compliance visam aprimorar a gestão em setores-chave, como o comercial, trabalhista, financeiro e fiscal. Além, é claro, de contribuir para que cada colaborador entenda o seu papel dentro da empresa e tenha mais clareza sobre as metas a serem atingidas.

Impactos da governança no ESG

A governança corporativa deve prezar pela ética e transparência para buscar tomadas de decisão que levem em conta o bem-estar social e o meio ambiente. Ela é a base de todas as iniciativas, já que seu papel é garantir que haja coesão entre qualquer realização da empresa e os objetivos do negócio.


Caso a governança corporativa não esteja bem estruturada, alguns riscos poderão se tornar comuns, como casos de corrupção, vazamento de dados de clientes e colaboradores, acidentes e violação de licenças ambientais, situações de preconceito e discriminação, por exemplo. Além, é claro, da questão fiscal e tributária, tão complexa no Brasil, que exige o máximo de atenção das empresas para se manter em dia com o Fisco.


Vale ressaltar também que, quando uma empresa investe em compliance fiscal, pagando corretamente seus impostos, isso vai além de uma obrigação com o fisco pensada somente em não sofrer punições. Mas, principalmente, há um papel social a ser cumprido, uma vez que os impostos pagos são devolvidos em forma de benefícios para a sociedade, com investimentos em saúde, educação, infraestrutura e muito mais.



Por isso, a valorização da integridade humana e dos ecossistemas é um dos pilares de uma governança capaz de tornar o ESG parte dos negócios. Enfim, este é um diferencial importante em relação às ações da empresa, que podem ser ineficazes ou mal vistas pela opinião pública em caso de má administração.

 

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